Análise Corporativa na Análise de Negócios

A área de conhecimento da Análise Corporativa descreve as tarefas que o Analista de Negócio (AN) deve realizar, como a identificação das necessidades do negócio.








O AN deverá realizar as seguintes atividades:

1. Definir a necessidade do negócio
2. Avaliar os gaps e capacidades (oportunidades)
3. Determinar qual é a abordagem da solução
4. Definir o escopo da solução
5. Definir o Business Case

Como todas as áreas de conhecimento, o Babok prescreve a necessidade de entradas para que estas atividades sejam realizadas, sendo elas as atividades que estão no capítulo 06  Análise de Requisitos.

Se refletirmos um pouco, precisamos ter uma visão macro das necessidades do negócio, quais são os medos ou preocupações das partes interessadas antes de avançarmos. Caso contrário, segundo o Babok as atividades abaixo não possuirão informações necessárias para a continuidade do processo: 

Definir a necessidade do negócio

O AN deverá definir em conjunto com as partes interessadas o porque de uma mudança na  capacidade ou no sistema organizacional.

Muitas vezes a mudança pode ocorrer com fatores externos, como exemplo uma nova lei foi criada que afeta diretamente o negócio, ou, reclamações de clientes, até mesmo o desenvolvimento de um novo produto.

As mudanças poderão vir:

• Do alto escalão para baixo (Top-down)
• De clientes para o alto escalão (Down-Up)
• De necessidade do negócio. Ex: uma nova coluna em um relatório para a equipe gerencial.
• Do mercado em geral motivado pela concorrência.

Avaliar os gaps e capacidades (oportunidades)

O AN deve identificar as novas capacidades que a organização precisa para atender à necessidade de negócio.

Durante as entrevistas o AN identifica quais as lacunas (gaps) que existem, propondo melhorias  - se for possível - para atender as demandas da organização. Normalmente as atuais capacidades atendem parcialmente (ou não) as necessidades do negócio.

Neste momento o AN deverá identificar qual será o cenário de mudança que será preciso realizar, podendo ser em cada componente da organização, podendo mas não limitando os processos de negócios, funções, linhas de negócios, estruturas organizacionais. É claro que dependendo do modelo de empresa estas sugestões podem não ser aceitas, por ter uma resistência a mudanças .

O Babok recomenda o uso das técnicas descritas no capítulo 09 do mesmo para que seja possível a obtenção das informações, como análise de documentos, análise swot, etc.

Determinar qual é a abordagem da solução

A abordagem da solução deve ser feita com o intuito dela ser a mais viável para atender as necessidades da organização.

Para planejar como será adotado a abordagem é preciso ter as necessidades de negócio, saber como a realizar a abordagem conforme os padrões da organização  e quais as capacidades necessárias para atender a demanda.

Nesta etapa o AN deverá ter as novas capacidades priorizadas, suposições e as possíveis restrições das novas mudanças, dando um passo a frente do projeto, prevendo qualquer cenário para evitar que um esforço seja realizado sem a necessidade. Por exemplo, a lei que exigia a mudança foi cancelada, desta forma a mudança não será necessária.

Definir o escopo da solução

Definição das novas capacidades do projeto que serão entregues, podemos associar nesta etapa ao Product Backlog do Scrum.

Precisamos ter nesta fase os seguintes elementos:

• O escopo da análise que possuí o contexto do que será realizado;
• Quais as capacidades suportadas para atender a solução;
• Quais serão os itens que serão entregues individualmente ou em conjunto (item de backlog prioritário ou poderá ser inserido em outras atividades da sprint).

Definir o Business Case

Determinar se a organização pode justificar o investimento necessário para entregar a solução proposta.

Aqui o AN deverá defender o porque o projeto deverá ser desenvolvido e levado para frente, mesmo em muitos casos que você possui uma grande quantidade de justificativas, evidências e afins para que o projeto seja aprovado, você receberá um negativa, não se decepcione, entenda que o mercado é assim e você como Analista fez o seu papel.

Os elementos para o Business Case são:

Benefícios: Como mensurar os ganhos quantitativos e qualitativos?

Custos: Estimativa total dos custos, tanto do investimento ou por falta do mesmo. Ex: multas por falta de implementação da solução, etc.

Avaliação do Risco: Se o projeto não for feito qual o risco? O que a organização deixa de ganhar com isso?

Medição dos resultados: O Business Case não se limita apenas entre Beneficio X Custo, ele precisa ter uma visão de como será acessado e avaliado.

Conclusão

Além das atividades de análise de requisitos, o Analista de Negócio precisa ter uma visão geral de toda a corporação, estar atendado sobre mudanças no setor, nas leis que regem seu segmento de atuação.

Desta forma ele estará um passo à frente das necessidades do negócio.

Espero que tenham gostado do texto e recomendo a leitura do capítulo 5 do Babok, lembrando que temos o link direto para o Babok ao lado direito do site.