Análise de Interface - Técnicas para realizar um bom trabalho em Análise de Negócios

Processos e o analista de negócios
Conforme descrito no tópico Técnicas para realizar um bom trabalho - Análise de Negócio, abordarei com mais detalhe a décima terceira técnica que define como identificar as interfaces entre as soluções ou componentes da solução.

O Babok define que uma interface é a conexão entre dois componentes. Todas as aplicações necessitam de uma ou mais interfaces para o seu funcionamento. Existem três tipos de interface, que veremos a seguir.

  1. Interface do usuário: São as saídas exibidas ao usuário final, ex: telas, relatórios, etc;
  2. Interface para aplicativos externos: São os endPoints, webservices, etc;
  3. Interface para dispositivos de hardware: São as portas de comunicação, Ex: LPT1, USB, COM, etc;
Ao utilizarmos a análise de interface identificamos o comportamento e os limites da solução, deixando claro de qual interface é a responsável por executar tal funcionalidade. Ao analisarmos as integrações e suas interfaces, vamos identificando e rastreando o caminho realizado por um sistema e, em muitos casos identificando problemas que são herdados durante a integração de uma ou mais soluções. Podemos utilizar o diagrama de componentes de interface da UML, facilitando a identificação dos componentes para uma consulta futura ou histórica, abaixo temos um exemplo de um funcionamento de um site de uma Universidade.


Diagrama de Interface
Fonte:  Agile Modeling

O Analista deve revisar a documentação atual em busca de qualquer indicações de requisitos de interfaces, diagramas, etc.  Durante a condução do trabalho é importante identificar todas as interfaces necessárias. É recomendável criar anotações sobre o uso desta interface, dizendo qual é o seu propósito. Para as interfaces de interação com o usuário final o Babok recomenda a leitura do capítulo 9 técnica 22, prototipagem.

Ao definirmos uma interface, devemos ter em mente o alto nível de especificação, dizendo apenas o que ela se propõe a realizar, como no diagrama acima. Neste momento não devemos entrar nas regras de validação que as regem, pois para cada regra existem suas validações que por sua vez podem disparar novas interações, tornando o processo complexo.


Quais as são as vantagens?

Ao avaliarmos as interfaces temos uma visão de alto nível da interoperabilidade, desta forma podemos nos planejar com relação aos impactos para realizar uma entrega. Com base no mapeamento podemos identificar qual(is) interfaces são prioritárias para o sistema, qual a complexidade de cada interface, necessidade de integrações,modificações de interfaces de outros fornecedores, etc.


Quais as são as desvantagens?

Ao olharmos para as interfaces não temos uma completa visão sobre a solução como um todo, pois não enxergamos os aspectos internos dos componentes.


!Dica de leitura

O cientista Jacob Nielsen, é um cientista da computação e Phd, especializado na interação entre homem-máquina, que possui vários livros publicados sobre o assunto de Interface para o usuário. Ele propõe dez passos para a Usabilidade e Interface do usuário, leia o artigo original em inglêsA abordagem que Nielsen nos indica é relacionada a usabilidade do sistema, atualmente existem conceitos de design sobre as diagramações, design responsivo, experiência do usuário, etc.

O engenheiro de software Roger S. Pressman escreveu um livro que é o guia para especificação e uso de um sistema, sugiro ao amigo leitor a leitura dos capítulos 10 e 11, o livro está disponível no Google Books.


Não apenas nós Analistas de Negócio devemos conhecer sobre o assunto, pois durante o desenvolvimento de protótipos podemos aplicar estes conceitos.

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